Crianças no mundo fashion

Rápida ascensão, bons salários, viagens e exposição na mídia. Estes são grandes atrativos do mundo fashion que embalam o sonho de muitos adolescentes e encantam muitas crianças. Diante da possibilidade de um futuro garantido, muitas famílias se dedicam a inscrever seus filhos em concursos, que funcionam como porta de entrada para um trabalho de propaganda e desfile ou de cadastrá-las em uma agência de modelos. No entanto, as deliciosas promessas deste universo são para poucos. Devido a grande diferença no número de oferta de vaga e procura, este mercado torna-se extremamente exigente e até mesmo “cruel”. Modelo é modelo, não importa a idade. Caso não atinja o perfil procurado a resposta é não, mesmo que este modelo tenha apenas 4 anos.
O mundo fashion agrega valores relacionados a aparência, beleza, juventude, moda e consumo. É um mercado dinâmico, chique e glamouroso. Sendo assim, oferece além dos atrativos de status financeiros uma boa massagem no “ego”. Mexem com a vaidade de muitos pais que se orgulham ao ver seus “rebentos” fazendo pose de “gente grande”.
Como lidar com toda esta gama de sentimentos, pressões e desejos e proporcionar as crianças uma infância feliz?
Primeiramente devemos levar em consideração que embora os pais tenham sonhos para seus filhos, o desejo tem que partir dos filhos e não apenas dos pais. Antes de fazer a inscrição em um concurso é necessário consultar a criança procurando ouvi-la sem interferir na sua resposta. Conversar com ela sobre a atividade que está sendo proposta explicando o que ela irá fazer e o tempo que terá que ficar no local da atividade. Esclarecer o comportamento que será esperado dela durante o evento. Sempre procurando respeitar suas necessidades e receios.
Apesar de tanto diálogo e decisão, podem ocorrer eventuais surpresas durante os eventos, pois a criança sente sono, cansaço, queda na motivação e muda repentinamente de vontade. Não é por querer ser modelo que a criança estará preparada para enfrentar as