Crianças invisiveis

Em “Crianças Invisíveis’’, o longo com o apoio da Unicef relata em histórias curtas, sete realidades infanto-juvenis passadas em diferentes países e dirigidas por cineastas de diversas nacionalidades. Os sete diretores mostram como as crianças de seus países, lidam com a miséria, com o objetivo de chamar a atenção de governos e a sociedade para os milhares de crianças e adolescentes excluídos e invisíveis do mundo como os jovens afetados pelo HIV, jovens que vivem sem suas famílias, jovens que participam de confrontos armados, jovens discriminados por fatores raciais ou étnicos. As crianças aqui retratadas fazem parte de países distintos, particularmente no que tange à realidade socioeconômica, e mostram de forma nua e crua a relação destes com os seus países.

No filme são narradas várias histórias marcantes como a de um garoto que está internado prestes a ser liberado, mas ele não demonstra alegria e sim o medo. Ele teme o mundo lá fora, para ele é mais difícil que dentro do internato, pois seu pai o obriga a furtar pela cidade. Outro conta a história de uma garota que descobre ser herdeira da AIDS, e sofre preconceito que é um ponto fortíssimo neste caso. É mostrada também uma história de irmãos brasileiros que precisam de dinheiro para terminar de construir um barco, e os perigos pelos quais eles enfrentam ao saírem do trabalho, é realmente triste. Particularmente a história mais marcante de todas é a de um garoto que se junta a uma guerrilha, mas sonha com uma realidade diferente, com escola e brinquedos, pois estes não fazem parte de sua vida. É mostrado sobre os filhos de Uganda e do sofrimento que experimentam, onde crianças são capturadas e forçadas a se tornarem soldados. Uns optam até por fugir para campos onde o abastecimento de alimentos, com base em doações estrangeiras, é escasso, e onde a malária, a desnutrição, cólera e HIV são abundantes. Outras crianças correm o risco de serem sequestradas ou mortas por Joseph Kony, o