Crianças em Situação de Abrigo
Psicologia: Ciência e Profissão
Os desafios constantes de uma psicóloga no abrigo
Daniela Pacheco Rotondaro
Universidade de São Paulo
No artigo os desafios constantes de uma psicóloga no abrigo da revista Psicologia: Ciência e Profissão; podemos identificar as formas de se trabalhar com crianças e adolescentes em situação de abrigo.
O artigo escrito por Daniela Pacheco Rotondaro psicóloga do abrigo relata a continua construção de se trabalhar no abrigo e as mudanças de paradigmas para cumprir com o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA). O artigo em questão é do ano de 2002 período em que os abrigos ainda separavam meninos e meninas em abrigos distintos, no abrigo pesquisado tem a realidade de 134 crianças do sexo masculino separados em 8 lares. A área física e de recreação comporta espaços para brincadeiras e formação profissional pelo SENAI.
A psicóloga aponta que sua maior demanda é atender problemas de comportamentos na escola e no próprio abrigo. É característica comum entre eles a baixa auto estima. Todo o atendimento é realizado em local adequado e a casa comporta material suficiente para que a criança possa inclusive escolher o seu espaço de atendimento no lar.
O trabalho da psicóloga é supervisionado quinzenalmente por uma psicóloga psicanalista da USP. Relatando o trabalho do psicólogo já apontado no texto de Maria Gonçalves no capítulo Políticas Públicas foi identificado que o psicólogo já assumiu esse papel secundário de lidar com assuntos da psicologia apenas para auxiliar no quesito comportamento com olhar clínico. O psicólogo era visto como transformador para que as crianças se tornassem boazinhas. Porém o papel do psicólogo segundo Daniela Rotondaro no atendimento clínico/institucional é de proporcionar um espaço de interlocução formativa para crianças que apresentam sofrimento emocional e que não tem estrutura psíquica para dar conta da situação.
Daniela Rotondaro ressalta que o abrigo precisa ter uma visão integradora