Crianças, adolescentes e exercícios: Você está fazendo isso certo?
Cristiano Leite, Felipe Nassau, Vinícius de Paula
02/09/2013
Introdução
Atualmente diversas doenças crônicas, tais como diabetes e osteoporose, que eram comuns apenas em adultos e idosos, estão a cada dia mais frequentes em crianças e podem ser evitadas com estratégias saudáveis e exercícios físicos (DANEMAN et al., 2009; MAGGIO et al., 2012; ARAB AMERI et al., 2012). É fato que o sobrepeso e obesidade são os grandes responsáveis pelo aparecimento de tais doenças, tanto por suas características inflamatórias, como também por sua relação com a falta de exercícios físicos adequados e má alimentação. Há relatos de que quanto maior a exposição à TV e computador, maior o risco para o ganho de peso, e isso se dá não apenas pela falta de exercícios, mas, principalmente, pela influência para o consumo de alimentos não saudáveis (KYRIAZIS et al., 2012). Além disso, é importante buscar outros determinantes para a motivação aos bons hábitos, facilitando o combate à falta de exercício e má alimentação, assim como causas de estresse excessivo, seja ele físico ou emocional (NIEMAN e LEBLANC, 2012). É importante ressaltar que esses determinantes relacionados a exercícios e dieta parecem não ser influenciados por fatores de acessibilidade, visto que crianças pobres exercitam-se melhor que crianças de classe média e alta (VOSS et al., 2008).
Intensidade de exercício e perda de gordura.
Assim, a alta intensidade é determinante para uma boa estratégia de perda de gordura. Exercícios aeróbios também não são capazes de emagrecer crianças pelo mesmo motivo que não funcionam em adultos. Trabalhos atuais apresentam fortes evidências de que apenas exercícios vigorosos sejam efetivos para controle e combate à obesidade e sobrepeso infantil (STEELE et al., 2009; COLLINGS et al., 2013; MITCHELL et al., 2013) e isso também se mostra em estudos que comparam exercícios aeróbios com treinos intervalados anaeróbios