Crianças abandonadas

1385 palavras 6 páginas
TEMA: CRIANÇAS ABANDONADAS NO BRASIL: UM PROBLEMA SOCIAL OU POLÍTICO?
Objetivos:
Compreender os elementos sociais e políticos envolvidos no processo de abandono de crianças no Brasil.
Englobar:
A concepção de sujeito constituída na atualidade;
Os direitos fundamentais da criança segundo ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente;
Referenciar os aspectos históricos das políticas sociais do governo Vargas estabelecendo uma análise comparativa com as políticas atuais;
Do ponto de vista da sociologia da infância as crianças como atores sociais e como sujeitos dos seus processos de socialização, produtoras das diferenças e da pluralidade.

A idéia de sujeito é um legado da filosofia moderna. Trata-se de uma das noções fundadoras do humanismo e de alguns dos principais valores do mundo ocidental. Embora encontremos referências às faculdades e disposições da subjetividade (razão, paixões, vontades, desejos) ao longo dos pensamentos antigo e medieval, é somente com René Descartes (1596-1650) que a noção de sujeito é constituída sob a égide de sua filosofia da consciência.1 O sujeito cartesiano emerge para a filosofia como um composto de alma e corpo (dualismo psicofísico), cuja atividade fundamental, o pensamento, edifica as bases de todo conhecimento possível. Com Descartes surge, pois, o sujeito cognoscente, cuja prerrogativa fundamental consiste no uso do intelecto que, enquanto faculdade da alma (res cogitans), se impõe como única via de acesso à verdade. De posse desse atributo superior, o homem torna-se capaz de compreender a constituição do seu corpo (res extensa) e apreender a realidade do mundo. O privilégio do pensamento tem como contraponto o menosprezo das paixões que animam a vida do indivíduo.2 O sujeito nasce, portanto, cindido em duas naturezas, dividido em matéria e espírito, deflacionado em suas sensações, enaltecido em sua razão.
O sujeito cartesiano se apresenta, sobretudo, como um ser dotado de consciência e razão, instrumentos

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