Criança, a alma do negócio
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Resenha do documentário “Criança, a alma do negócio”. Feito em São Paulo, com quarenta e nove minutos de duração, dirigido pela cineasta Estela Renner e produzido por Marcos Nisti, o documentário mostra a influência da grande mídia sobre as crianças, lançado em 2007, trata da publicidade dirigida às crianças e do consumismo infantil. O documentário ilustra, por meio de cenas e depoimentos, as características da infância brasileira atual e a maneira como a publicidade e a mídia vêm tratando as crianças brasileiras e interferindo no desenvolvimento das mesmas, fazendo com que se tornem extremamente consumistas. De forma apelativa, grande parte das propagandas são voltadas para o público infantil, fazendo com que não só as crianças, mas também os seus pais (adultos) se tornem consumistas. Pois uma pesquisa revelou que 70% dos eletrodomésticos, roupas e acessórios adquiridos pelos adultos, tem uma participação de opinião ativa de uma criança por trás, ou seja, as crianças influenciam até nas ‘compras adultas’. A maior parte das empresas que investem em propaganda infantil visam apenas o lucro que aquele objeto/propaganda lhes renderá e ignoram o fato de que por trás desse lucro existe uma criança telespectadora que está tendo uma infância destruída e massacrada pelo consumismo precoce. A qualidade de vida infantil e os seus valores estão cada dia mais invertidos na sociedade brasileira. Como cita Yves de La Taille, professor de psicologia da USP, os valores que antes eram medidos por quem tinha mais habilidade em determinado esporte, ou quem tinha mais prática em determinada brincadeira, hoje se inverteu para quem tem o melhor celular, quem tem a Barbie tal, o melhor Tablet, o melhor tênis. Através das pesquisas e entrevistas realizadas no documentário, fica nítido que desde pequenas elas são influenciadas e induzidas ao consumismo e a necessidade de ‘crescer’, e isso fica claro quando notamos que a maioria das crianças