Criança a alma do negócio
E o pior de tudo, é que muitos pais se percebem em uma situação terrível. Não querem fazer todas as vontades dos filhos – para não deixá-los mal-acostumados – mas ao mesmo tempo não têm muito tempo para conviverem com as crianças, devido aos muitos compromissos profissionais. Resultado: a “babá eletrônica” (televisão) acaba tendo mais influência sobre as crianças do que os próprios pais.
Então, elas querem sempre um brinquedo, uma roupa, um tênis novo (um dos meninos mostrados no filme tem em seu armário mais tênis do que eu tive nos últimos 20 anos). E logo que ganhem, querem outro. Por um motivo simples: se não tiverem nada de novo para mostrar por muito tempo, acabam se sentindo excluídas da turminha de amigos. E os pais acabam cedendo ao desejo das crianças.
Chega a parecer “coisa de velho”, mas “no meu tempo” (ou seja, quando eu era criança, e isso nem faz tanto tempo – menos de 20 anos), meu pai e minha mãe não davam tudo o que eu pedia. E quando eu ganhava algum presente, sempre devia dividi-lo com o meu irmão – e de nada adiantava eu protestar. Egoísmo não fez parte da minha