Crescimento e evolução urbana de Fortaleza
1. Origens
A data de 13 de abril marca a elevação do povoado à condição de vila, no ano de 1726.
O núcleo original de Fortaleza é anterior, do século XVII. A capitania do Siará Grande ficou renegada a um segundo plano por Portugal no século XVI – faltavam maiores atrativos econômicos e as condições humanas (resistência indígena) e geográficas (secas, correntes marítimas etc) dificultavam a chegada dos europeus.
No começo do século XVII, aconteceram as primeiras tentativas de conquista do litoral cearense. A ideia de Portugal era estabelecer no ponto médio do litoral um forte que servisse para defender a região contra estrangeiros e facilitasse contato com o norte do Brasil. Em decorrência, sucederam-se as tentativas colonizadoras feitas por Pero Coelho (1603), Pe. Francisco Pinto e Luis Figueira (1607) e Martim Soares Moreno (1611-31), todas sem maiores êxitos. Pero e Moreno chegaram a erguer fortes (de São Tiago e São Sebastião, respectivamente) no local correspondente hoje à Barra do (rio) Ceará.
O domínio português no Ceará foi interrompido em dois breves momentos pelos holandeses. Em 1637, os holandeses conquistaram o forte de São Sebastião, ficando até 1644, quando ocorreu uma revolta dos índios – o forte foi destruído e todos os batavos foram assassinados. Em 1649, os holandeses voltariam ao Ceará, sob o comando do capitão Matias Beck, que manda erguer o forte de Schoonemborch, perto do riacho Pajeú. Em 1654, os portugueses retomariam a colonização do Ceará. Com isso, o forte holandês teve seu nome mudado para Fortaleza de Nossa Senhora de Assunção. Seria em torno deste forte, onde hoje se encontra a 10ª Região Militar, que surgiria espontaneamente a capital cearense.
Há uma polêmica sobre o local e quem teria “fundado” Fortaleza – visões historiográficas mais antigas debatiam acirradamente se isso caberia a Martim Soares Moreno ou a Matias Beck. Atualmente, os historiadores questionam a ideia de “fundação”. Preocupar-se