Crescimento Economico e Tentativas de Estabilização - 1986/91
Deve-se ressaltar que o Governo Militar estava desgastado, principalmente por sua postura antidemocrática. Com a tentativa de justificar o Regime, os governos de Geisel e Figueiredo tentaram a todo custo manter o crescimento do país nos patamares experimentados no período do Milagre Econômico. A dificuldade em manter essa postura acontecia principalmente pela crise mundial que se instalara.
Este novo cenário mundial forçou o governo Geisel a tomar diversas atitudes para conseguir o seu intento (II PND), tais como: substituição das importações através do fomento à indústria interna, apoio às exportações, investimento maciço estatal em infraestrutura (energia e transporte principalmente), expansão da produção de aço, alumínio, fertilizantes e celulose (insumos), fortalecimento da empresa privada nacional (apoio do BNDS) e abertura para empresas estrangeiras em setores definidos.
Já em 1979 o petróleo tem uma nova disparada nos preços (em 1973 o petróleo passara de U$3,30 o barril para mais de U$11,00; em 1979 valor passou a mais de U$30,00 o barril); alinhado com a moratória do México em 1982 que culminou praticamente na suspensão de crédito internacional, os juros externos dispararam, aumentando a dívida externa do país, causando desvalorização na moeda e recessão interna.
Em 1985, chega ao fim o Governo Militar com a eleição por colegiado de Tancredo Neves. Do período de 1974 até 1985 podemos destacar os seguintes pontos positivos: investimento em infraestrutura (energia e transporte principalmente, como exemplo, a execução da obra da Hidrelétrica de Itaipú); investimento nas empresas nacionais (com recursos do BNDS), impulsionando as exportações; início da abertura política que culminou no fim do regime militar. Por outro lado, a ânsia em manter o crescimento do país nos patamares