Cresce Interesse Pela Fitoterapia
O mercado de fitoterápicos está em plena ascensão. De acordo com a publicação científica The New England Journal of Medicine, somente na Europa, chega a se gastar US$ 5 bilhões em um ano, sendo a Alemanha e a França os países onde a procura é maior. O governo alemão gastou US$ 283 milhões ao investir na prescrição desse tipo de medicamento. A França segue o mesmo ritmo.
Segundo projeções do Instituto Brasileiro de Plantas Medicinais (IBPM), o mercado de medicamentos fitoterápicos movimenta de 400 milhões a 500 milhões de dólares por ano no Brasil. No mundo, estima-se que o gasto com plantas medicinais chegue à cifra de US$ 27 bilhões (em torno de 7% do mercado mundial de medicamentos). Entretanto, enquanto o mercado farmacêutico cresce de 3% a 4% ao ano no mundo, o fitoterápico sobe de 6% a 7% e vem ganhando "share".
Desde que a espécie homo sapiens, apareceu na face do planeta Terra, as plantas são usadas no tratamento de doenças. Todas as culturas, até as mais primitivas, fizeram e fazem uso de plantas com intuito medicinal. Essas tradições populares de tratamento acabaram servindo como base para a farmacologia moderna. Por outro lado, criou-se o termo fitoterapia (em grego: phyton - planta; therapia - tratamento) para caracterizar o uso medicinal das plantas. A combinação de avanços no estudo da farmacologia das plantas, com a ocorrência de efeitos colaterais de medicamentos convencionais, fez o interesse mundial pela fitoterapia crescer nos últimos 10 anos. Vale mencionar que boa parte das substâncias utilizadas pela indústria farmacêutica convencional tem sua origem, direta ou indireta, nas plantas medicinais. Como exemplo, é possível citar a aspirina, que vem do salgueiro-branco, há séculos usado pelos índios norte-americanos para tratar a dor e a febre.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), com 400 entrevistados, 43% disseram usar ou já terem usado a