Crer Depois de Freud - Síntese
CRER DEPOIS DE FREUD
Carlos Domínguez Morano
Letícia Stephany Vieira
Joinville, 2013
Sobre o autor:
Carlos Domínguez Morano é jesuíta, doutor em Teologia, Filosofia e Ciências da Educação. Licenciou-se em Filosofia Pura e Psicologia. Sua formação psicanalítica se desenvolveu no Instituto de Psicoterapia Analítica Peña Retama, de Madri. É professor de Psicologia da Religião na Faculdade de Teologia de Granada e psicoterapeuta no Centro Francisco Suárez da mesma cidade, onde realiza também um trabalho formativo com profissionais da saúde mental. Foi presidente da A.I.E.M.P.R. (Asociación Internacional de Estudios Médico-Psicológicos y Religiosos). É professor convidado em diversas universidades espanholas e latino-americanas.
1. Introdução
A presença de Freud na psicanálise é além do constitucional, implica na consumação da psicanálise em si e esta não se detém a nenhuma fronteira, nem mesmo a religião. Não há veracidade para a afirmação “Freud está superado”, afinal, Freud não obtém a última palavra neste campo, mas sua ciência permeia toda a área psicanalítica. É necessário abrir o âmbito da fé à psicanálise.
2. Religião e Neurose
Nos ensaios freudianos não é possível observar uma semelhança entre a experiência religiosa e a psicose, mas há uma analogia a ser feita e esta está baseada na ilusão. Estando o sujeito em seu mundo subjetivo onde pode romper com todas as barreiras da realidade, uma realização de desejos alucinatória. Na experiência religiosa há uma “feliz demência alucinatória” onde o envolvido vê-se alheio à realidade e imerso no divino.
3. Religião, sonho e delírio
Neste capítulo faz-se um paralelo entre o Deus criador e o Deus ilusório, o qual não possui traços de maldade e violência. Esta implicância determina fins onde o envolvido vê-se a mercê de um Deus de justiça e fidelidade, figurando e obstruindo as