Crepúsculo dos ídolos
Comunicação Social
Campus: Praia Vermelha
Crepúsculo dos Ídolos ou Como se filosofa com o martelo
Friedrich Nietzsche
Nietzsche inicia o terceiro capítulo de uma de suas últimas obras (antes de enlouquecer) fazendo uma crítica à tal desconfiança exarcebada dos sentidos. Ele afirma que os filósofos creem no Ser, acima de tudo, mas nunca nada realmente vivo sai de suas mãos. Assim, como não se apoderam do Ser totalmente, resolvem que deve haver um culpado nisso- e culpam os sentidos. A fim de refutar tal afirmação, o autor afirma que na verdade, os sentidos não mentem: o que fazemos do testemunho deles é que introduz a mentira. E que se possuímos ciência, é porque aceitamos o testemunho dos sentidos. Também critica a mania de seus colegas de profissão de confundir o último e o primeiro. Nietzsche diz que, para eles, o conceito mais elevado não pode ter se desenvolvido- ele seria a causa de si mesmo. Portanto, colocam os conceitos mais bem trabalhados como os primeiros. Através dessa ideia de “causa de si mesmo”, os filósofos colocam o Ser, o incondicionado, o bem, o verdadeiro, o perfeito como criados a partir de si mesmo, sem nunca entrar em contradição- originando o conceito de Deus, que seria o mais alto patamar dos conceitos. Como é abordado o problema do erro e da aparência, para o autor, também é problemático. Antes se tomava a mudança como prova da aparência. Hoje, aconteceria o contrário. Para nós, aí estaria o erro. Outra coisa que incomoda o autor é o fato de os filósofos acreditarem que já teríamos habitado um mundo mais elevado, pois somos detentores da razão. Muito ingênuo de nossa parte acreditar em tal coisa, segundo Nietzsche. Ele resume, em quatro teses, sua opinião sobre o conceito de mundo aparente e mundo sensível. Ele acredita que não tem sentido acreditar em outro mundo. As razões que fizeram este mundo ser designado aparente apenas justificam sua realidade. Uma ilusão ótico moral