Crenças e atitudes de adolescentes e seus pais frente à sexualidade
OUTUBRO/2010
RESUMO
1. INTRODUÇÃO
Acompanhando as transformações culturais e morais que atravessam as problemáticas da sociedade, a sexualidade apresenta-se como um dos assuntos mais discutidos e debatidos no contemporâneo. Ainda que massificado pelos artefatos midiáticos modernos, este tema encontra-se cercado por mistérios, mitos e tabus que dificultam propostas educativas de responsabilidade e promoção da saúde. A sexualidade é um tema bastante abrangente, que engloba diversos componentes como as identidades, os papéis sociais, entre outros. O período da adolescência, como uma das fases finais da estruturação da personalidade, caracteriza-se por tomar as questões pertinentes à sexualidade como uma dos aspectos mais importantes para a formação de uma identidade sexual do indivíduo. Contudo, diversos estudos apontam que o grau de esclarecimentos acerca da sexualidade pelos adolescentes atuais encontra-se rudimentar (Osório, 1992), constando inexperiências quanto ao assunto. Tal realidade reflete os problemas sociais que permeiam este tema, como a prostituição, a gravidez precoce, o aborto, os desajustes conjugais, a iniciação sexual cada vez mais precoce, métodos contraceptivos, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, etc., cujas crenças, valores e costumes que os constituem fazem parte do contexto de vida do adolescente. A adolescência é caracterizada como uma fase de grandes transformações, na qual amigos, conhecidos e familiares exercem grande influência sobre o indivíduo. A família, sendo a “célula” da sociedade que comporta o berço cultural do indivíduo, encara o desafio de trazer, através do exercício de diálogos entre pais e filhos, discussões que potencializem a construção de valores sexuais relacionados a responsabilidades com a promoção da saúde. As atitudes postas pela