Crenças ciganas
As crenças ciganas mostram as seguintes características:
Estrito monoteísmo, sem o mínimo indício de algum passado politeísta ou panteísta.
O caráter muito pessoal de Deus, Que é acessível e com Quem é possível dialogar e inclusive discutir (concepção hebraica) - não é inacessível como Alá nem tampouco relativamente acessível como no cristianismo, que necessita de um Mediador para ter um contato pessoal com Ele.
LEIS RITUAIS
O conceito cigano de "marimê" equivale à forma negativa do conceito judeu de "kosher"; o primeiro indica impureza ritual, o segundo se refere à pureza ritual. A parte esta diferença de ponto de vista, a essência é a mesma (é como dizer se o copo está metade cheio ou metade vazio). O que para os rom é marimê, não é kosher para um judeu, portanto ambos tomaram as medidas necessárias para não serem contaminados, ou se se referem à uma contaminação inevitável ou indispensável, ambos seguirão certas regras para purificar-se.
Da mesma maneira que é a kashrut no judaísmo, as leis que regulam o marimê são um valor fundamental na sociedade romaní e determinam os limites do ambiente social e espiritual, e condicionam suas relações com o mundo exterior (a sociedade dos gadjôs). Os Rom classificam todas as coisas em duas categorias: "vuzhô" (=kosher, puro) ou "marimê" (impuro). Esta classificação concerne primeiramente ao corpo humano, porém se extende ao mundo espiritual, à casa ou acampamento, animais e coisas.
LEIS MATRIMONIAIS
O noivado e as bodas ciganas se celebram da mesma maneira que se fazia no antigo Israel. Os pais de ambos os esposos tem um papel essencial quanto a definir o dote da noiva, e as bodas se devem realizar dentro da comunidade rom, sem participação das instituições dos gadjôs. No caso em que a mulher foge com seu homem sem o acordo dos pais, o casal é automaticamente reconhecido como casado, porém a família do noivo deve pagar um ressarcimento aos pais da noiva, normalmente equivalente ao dobro do dote;