Crecimento humano
O trabalho começa ainda no útero materno. Os nutrientes chegam ao embrião pela placenta e garantem que as divisões celulares ocorram de forma correta (veja infografia). Quando a mãe não ingere os alimentos necessários para o desenvolvimento da criança, há uma espécie de adaptação. “Se o feto cresce em um ambiente onde há escassez de comida, seu organismo vai se modificar a ponto de criar uma resistência ao crescimento”, explica Ângela Spínola, coordenadora do Departamento de Pediatria da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. Com essa estratégia de sobrevivência, o bebê não atinge o peso necessário, uma vez que crescer não é uma prioridade para o corpo humano.
“Nós somente ganhamos centímetros quando temos energia de sobra no organismo. Um feto com baixo aporte nutricional vai usar a reserva que tem para manter seu coração batendo, seus pulmões e seu cérebro funcionando”, esclarece o endocrinologista Luiz Cláudio de Castro, do Hospital Universitário de Brasília (HUB). O mesmo vale para crianças na primeira infância. Não à toa, a principal causa de baixa estatura é a subnutrição, mal que afeta 195 milhões de meninos e meninas somente nos países em desenvolvimento, o equivalente a uma em cada