CREAS COMO ESPAÇO SÓCIO OCUPACIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL
Karina Rodrigues Alves ESPINIANO1
RESUMO: A Política Nacional de Assistência Social – PNAS, é uma política de caráter protetivo, de efetivação de direitos, independentemente de classe social, gênero, etnia. O CREAS como espaço sócio ocupacional do assistente social, torna-se arena de efetivação de direitos, referenciando o usuário, devolvendo sua identidade de vida em meio a suas fragilidades. O assistente social no CREAS difere-se de outros profissionais, porque possui um olhar crítico de realidade, conhecimento teórico metodológico e técnico operativo. Há desafios em sua atuação profissional neste campo, como romper com o conservadorismo da profissão (herança da década de 30); se “elevar” de situações de violências (por exemplo),“absurdas” ao olhar do “senso comum”, e atuar segundo os princípios do Código de Ética da profissão, efetivando direitos independentemente dos atos cometidos pelos usuários, lembrando, que a família, sujeito, violentador, também encontram-se em situação de vulnerabilidade. Outra dificuldade de atuação que o assistente social encontra no campo sócio ocupacional – CREAS, são as rotinas esmagadoras, limites institucionais, atribuições ao assistente social que não o pertence, porém o profissional deve ter posicionamento e organização em sua rotina de trabalho, para atuar no objeto e realizar transformação, através de respostas profissionais sustentáveis, efetivando direitos dos usuários.
PALAVRAS-CHAVE: Política. Proteção. Serviço. Assistente Social.
1. INTRODUÇÃO
Iniciaremos nosso trabalho, trazendo um breve conceito da PNAS, aprovada em 2004, enfatizando seu caráter protetivo, descentralizado e participativo, sendo a partir da Constituição de 1988, política de efetivação de direitos sociais; estudando ainda, o usuário dessa política, que independe de situação financeira para utilizá-la; bem como a visão social que há sobre a PNAS, as dificuldades de