Crase
Discente: Sheila Freitas.
Os sinais de pontuação são marcações gráficas que servem para compor a coesão e a coerência textual além de ressaltar especificidades semânticas e pragmáticas. A pontuação na linguagem funciona como uma espécie de sinalização, guiando e organizando o texto a ser lido. Como num trânsito, os sinais apontam onde deve haver pausas ou o que chama a atenção.
A palavra crase é de origem grega e significa "fusão", "mistura". Na língua portuguesa, é o nome que se dá à "junção" de duas vogais idênticas. É de grande importância a crase da preposição "a" com o artigo feminino "a" (s), com o pronome demonstrativo "a" (s), com o "a" inicial dos pronomes aquele (s), aquela (s), aquilo e com o "a" do relativo a qual (as quais). Na escrita, utilizamos o acento grave ( ` ) para indicar a crase.
O uso apropriado do acento grave, depende da compreensão da fusão das duas vogais. É fundamental também, para o entendimento da crase, dominar a regência dos verbos e nomes que exigem a preposição "a".
Aprender a usar a crase, portanto, consiste em aprender a verificar a ocorrência simultânea de uma preposição e um artigo ou pronome.
A preposição "a" exigida por substantivos e adjetivos.
Antes de palavras femininas que exijam o artigo a:
Vou à escola.
Prefiro minha casa à (casa) de Rita.
Antes de numeral que indique horas (a palavra horas está implícita):
Irei às sete horas amanhã.
Estarei no evento às vinte e uma da noite.
Em locuções adverbiais, conjuntivas ou prepositivas formadas por palavras femininas:
Adverbiais: às pressas, à tarde, à noite, à toa, às escondidas, à força, às cegas.
Conjuntivas: à proporção que, à medida que.
(Exceção: a prestação.)
Prepositivas: à falta de, à espera de, à vista de, à beira de.
Antes de palavras que permitam a troca do a por: para a(s), na(s), pela(s) e com a(s).
Dei uma flor à menina. (Dei uma flor para a