Crack
O uso do crack — e sua potente dependência psíquica — frequentemente leva o usuário que não tem capacidade monetária para bancar o custo do vício à prática de delitos e para obter a droga. Os pequenos furtos de dinheiro e de objetos, sobretudo eletrodomésticos, muitas vezes começam em casa. Muitos dependentes acabam vendendo tudo o que têm a disposição, ficando somente com a roupa do corpo. Em alguns casos, podem se prostituir para sustentar o vício. O dependente dificilmente consegue manter uma rotina de trabalho ou de estudos e passa a viver basicamente em busca da droga, não medindo esforços para consegui-la. Tais "sintomas" foram mostrados pelo programa Profissão Reporter, que foi ao ar pela TV Globo, no dia 16 de novembro de 2010. O crack pode causar doenças reumáticas, podendo levar o indivíduo a morte.
Embora seja uma droga mais barata que a cocaína, o uso do crack acaba sendo mais dispendioso: o efeito da pedra de crack é mais intenso, mas passa mais depressa, o que leva ao uso compulsivo de várias pedras por dia.
O pesquisador Luis Flávio Sapori, do Instituto Minas pela Paz, que realizou a mais aprofundada pesquisa sobre o assunto, financiada pelo CNPq, aponta que o crack é sem dúvida um fator de risco para a violência urbana. Segundo Sapori não há uma política nacional de saúde pública para acolher o dependente químico que queira se tratar. Ao mesmo tempo não há mecanismos para aqueles que necessitariam de uma internação involuntária.[6]
Os efeitos fisiológicos em curto prazo do crack incluem: constrição dos vasos sanguíneos, pupilas dilatadas, aumento da temperatura, da frequência cardíaca e da pressão arterial.