Crack
Subproduto da cocaína em forma de pedra – que estala quando é queimada, daí o nome –, o crack chegou ao Brasil na década de 90. Durante um bom tempo, ficou restrito a indigentes que perambulavam pelo centro de São Paulo. Hoje, a situação é bem diferente. As pedras se espalharam pelo território e por todas as classes sociais. Ainda não há estatísticas – o Ministério da Saúde está concluindo o primeiro estudo voltado especificamente para o crack. Mas o aumento de dependentes em consultórios psiquiátricos e em clínicas de reabilitação mostra que a epidemia se alastra rapidamente. No Núcleo de Estudos e Pesquisas em Atenção ao Uso de Drogas (Nepad), da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, até dois anos atrás não havia usuários de crack. Hoje, eles representam quase 30% da demanda. Para enfrentar a epidemia, o Ministério da Saúde anunciou investimentos de 117 milhões até o ano que vem em melhorias na rede de saúde mental. Espera-se que a ajuda chegue a tempo.
Crack é um problema ainda ignorado
O crack é uma droga especialmente perigosa. Provoca acelerada