O uso de drogas, principalmente o CRACK, nos últimos anos tem aumentado num ritmo alarmante e tem ultrapassado todas as fronteiras sociais, econômicas, políticas e nacionais. Esse aumento pode ser atribuído a vários fatores, dentre eles: a falta de informação sobre os perigos a longo e curto prazo do consumo abusivo das drogas ilícitas, assim como o caráter limitado das ações preventivas. Ainda que pareça, o uso do crack não é só um problema familiar, mas social também, e mesmo que a sociedade e o Estado tentem se omitir frente a essa cruel realidade, é papel de todos promover ambientes favoráveis a uma boa formação moral e ética. Quando todos pecam na construção desses elementos fundamentais para a sociedade, devem-se criar mecanismos para reparação dos mesmos; como a criação de espaços que promovam a cultura, formação profissional, desenvolvimento de iniciativas individuais e coletivas em prol da educação escolar, ambiental e cidadã, enfim mostrando a esses dependentes o quanto são importantes para a sociedade, e a necessidade de reconquistar seu espaço dentro dela. E é nesse momento que percebemos que os governos e a sociedade não estão preparados para atuarem com eficiência, para solucionar esse grave problema.A pouca efetividade nas estratégias governamentais, que garantam uma verdadeira intervenção na prevenção e no combate ao uso de drogas, faz com que “Cracolandias” surjam e se espalhem pela cidade de forma gritante e preocupante. Sabemos que para enfrentarmos a epidemia do CRACK, não bastam apenas operações militares mirabolantes. Há que se ter um processo que permita a saída destas pessoas – debilitadas e dependentes químicas – das ruas, de modo a possibilitar que elas tenham condições de acesso à rede de serviços de saúde, assistência social, moradia, trabalho e renda. Assim, o desafio maior é tirar o lugar que o CRACK ocupa hoje em nossas casas e em nossas famílias, além de cuidarmos de seus usuários com respeito e responsabilidade, de forma real e