CRACK, O CAMINHO DA MORTE
Antônio Padilha de Carvalho
A toxicomania é, hoje um dos maiores flagelos por que passa a Humanidade. Muitos adolescentes, chegam à idade adulta já totalmente impregnados pelo vício, apressando a sua morte, e muitos talentos foram corroídos por esta desgraça que tem assolado e aniquilado tantas gerações e inúmeras famílias.
Com mais de 15 anos de sua entrada no Brasil, constata-se que o aumento no uso de crack tem aumentado vertiginosamente, apesar de todas as intervenções governamentais adotadas contra o seu uso.
O uso do crack e sua potente dependência psíquica, frequentemente leva o usuário à prática de delitos, para obter a droga. Os pequenos furtos de dinheiro e de objetos, sobretudo eletrodomésticos, muitas vezes começam em casa. Muitos dependentes acabam vendendo tudo o que têm a disposição, ficando somente com a roupa do corpo. Se for mulher, não terá o mínimo escrúpulo em se prostituir para sustentar o vício.
O dependente dificilmente consegue manter uma rotina de trabalho ou de estudos, e passa a viver basicamente em busca da droga, não medindo esforços para consegui-la.
Embora seja uma droga mais barata que a cocaína, o uso do crack acaba sendo mais dispendioso: o efeito da pedra de crack é mais intenso, mas passa mais depressa, o que leva ao uso compulsivo de várias pedras por dia.
As chances de recuperação dessa doença, que muitos especialistas chamam de "doença adquirida" (lembrando que a adição não tem cura), são muito baixas, pois exige a submissão voluntária ao tratamento por parte do dependente, o que é difícil, haja vista que a "fissura", isto é, a vontade de voltar a usar a droga, é grande demais. Além disso, a maioria das famílias de usuários não tem condições de custear tratamentos em clínicas particulares ou de conseguir vagas em clínicas terapêuticas assistenciais, que nem sempre são idôneas. É comum o dependente iniciar, mas abandonar o tratamento.
Seis vezes mais potente que a cocaína, o crack tem