CP: Ruanda
Depois da derrota da Alemanha na Primeira Guerra Mundial, a propriedade foi entregue à Bélgica, por mandato da Liga das Nações. O domínio belga foi muito mais directo e duro que o dos alemães e, utilizando a Igreja Católica, manipulou a classe alta dos tutsis para reprimir o resto da população, que na sua maioria eram hutus e demais tutsis, isto incluindo a cobrança de impostos e o trabalho forçado, criando um fosso social maior do que o que já existia.
Depois da Segunda Guerra Mundial, Ruanda tornou-se novamente um protectorado (território autónomo que é protegido diplomática ou militarmente contra terceiros por um Estado ou entidade mais forte) das Nações Unidas, tendo a Bélgica como autoridade administrativa. Através de uma série de processos, incluindo várias reformas, o assassinato do rei Mutara III Charles, em 1959 e a fuga do último monarca do clã Nyiginya, o rei Kigeri V, para Uganda, os hutus ganharam mais poder e, na altura da independência, em 1962, os hutus eram os políticos dominantes.
Em 25 de Setembro de 1960 a ONU organizou um referendo no qual os ruandeses decidiram tornar-se uma república. Depois das primeiras eleições, foi declarada a República de Ruanda, com Grégoire Kayibanda como primeiro-ministro.
Após vários anos de instabilidade, em que o governo tomou várias medidas de repressão contra os tutsis, em 5 de Julho de 1973, o major general Juvénal Habyarimana, que era ministro da defesa, destituiu o seu primo Grégoire Kayibanda, dissolveu a Assembleia Nacional e aboliu todas as atividades políticas. Em Dezembro de 1978 foram organizadas eleições, nas quais foi aprovada uma nova constituição e