Cotas
Os dados estatísticos comprovam que quanto maior a escolaridade e a renda familiar, menos aceitação há ao sistema de cotas.
O professor de antropologia da UNB ( Universidade de Brasília), entende que os resultados da pesquisa indicam que a "elite não quer perder o poder".
Talvez este pensamento até seja verídico para uma minoria, mas creio que esta "ameaça" não tem fundamento, pois não creio que ela perderá o poder ao ver negros dentro das universidades públicas.
O sistema de cotas, como paliativo talvez seja uma saída apenas para facilitar o acesso de negros e indígenas à universidade, mas o que pode ocorrer, num país como o nosso, é que a solução temporária se torne permanente, e o "remendo", acabará sendo a desculpa para não se investir na excelência do ensino de base.
Medidas concomitantes investindo num ensino básico de qualidade e as cotas universitárias seja uma proposta interessante, pois investir em espaços pedagógicos, equipados, escolas inseridas no mundo digital e voltadas para o mercado de trabalho, ensinando seus alunos a ser empreendedores, sem esquecer é claro de capacitar constantemente seus educadores, financiar seus estudos, aperfeiçoamento, graduação, mestrado e doutorado e remunerá-los dignamente é a saída para se ter negros e indígenas em universidades pública, de qualidade e sendo profissionais altamente qualificados.
Quando estas medidas são tomadas, o mercado de trabalho se qualifica e gera um aumento do poder aquisitivo da população gerando novos empregos e aumentando a qualidade de vida desta população.
Mas creio que o sistema de cotas não diminuirá o "conflito" entre raças. Esta tensão ainda existirá, pois é preciso que se reflita sobre os conceitos de raça e se eduque as pessoas a conviverem socialmente. Isto se faz nas escolas e famílias e insere-se no ser humano desde a tenra idade, mesmo porque somos um povo