Cotas raciais

18 de maio de 2013
Prezado editor-chefe Delmo Moreiro, Sou um leitor da revista Istoé e uma aluna do ensino médio que tinha a satisfação de ler a revista Istoé n.226, de 10 de abril, e ler a reportagem “Por que as cotas raciais deram certo no Brasil”. Concordo com a reportagem na sua defesa das cotas raciais, entretanto, os argumentos não esclarecem a razão atrás do uso do sistema; não é um sistema racial, mas um simples sistema para alunos da rede pública. As cotas têm uma significância mais profunda, que viabilizem o ser humano aos seus direitos fundamentais. O sistema de cotas permite os estudantes competentes, que estudam nas escolas públicas, concorrer legivelmente com os demais. Essa afirmação foi claramente entendida na reportagem. Embora, é essencial discutir o aumento do percentual de cotas, que está sob muito escrutínio. Como o colégio privado tem mais recursos educacionais para o aluno aprender, a lei reforça a ideia que, além dos dois grupos terem educações diferentes, ainda existe uma justa concorrência. A nova lei apenas divide as vagas — cinqüenta por cento das vagas para os alunos na rede pública e cinqüenta por cento para os nos colégios privados —; não rouba as dos demais. Onde está escrita que o aluno perdeu a vaga “dele”? Se o aluno se esforça e concentra nos seus estudos para o vestibular, ele ganha a desejada vaga, mas nunca era a propriedade dele. Sua reportagem está faltando esse fator: a propriedade, ou seja, o direito que o aluno tem. Segundo Hélio Schwartsman, um escritor da Folha de São Paolo, a universidade têm um duplo papel para o aluno: ascensão social e facilidade para disposição da sociedade em todas as areas. É claro que a vaga não é a propriedade do aluno, mas o aluno tem o direito de ter as mesmas oportunidades

1. O sistema de cotas é para que os estudantes competentes, que foram obrigados a ir a uma escola pública, concorrer legivelmente com os demais. * A nova lei de cotas, feita em 2012, igualmente divide