Cotas raciais
Cotas raciais são vagas destinadas para grupos específicos classificados por etnia, em sua grande maioria negra e indígena. Partindo da história do Brasil, sua construção desde os primórdios, a população afro-descendente e os indígenas foram marginalizados e colocados de forma que exista um débito a ser sanado, esse débito histórico foi colocado em xeque no governo Lula como promessa de campanha, visando diminuir a desigualdade social no Brasil, dando oportunidade a todos de terem um ensino superior de qualidade.
A esfera de debate que ora apresentamos está radicada na discussão acerca do critério utilizado para se estabelecer quem é afro-descendente em um país como o Brasil, calcado na miscigenação. Foi colocada em pauta a Ação afirmativa: são definidas como "ações públicas ou privadas (ou programas) que provêm ou buscam prover oportunidades ou outros benefícios para pessoas, com base, entre outras coisas, em sua pertença a um ou mais grupos específicos" (JONES, 1993, p. 345) É uma forma de combate a discriminação racial, mas partindo desse princípio como considerar a identidade cultural de um individuo, sua história de vida e seu desempenho acadêmico pautado na vaga destinado a aparência que irá ser julgada para posteriormente ser aceita? Em 2007 os irmãos gêmeos univitelinos Alex e Alan Teixeira da Cunha, de 18 anos tentaram ingressar na universidade por meio das cotas raciais e apenas o Alan foi aceito, seu irmão foi barrado. Essa problemática vem esmiuçar a ideia de: uma identidade cultural pode ser pautada de acordo com um julgamento de uma imagem passada? Uma identidade racial, seja indígena ou negra, será avaliada de acordo com uma visão pré estabelecida entre o que é ser negro e como ver o negro. O que nos leva à descrença em relação à eficácia dessa classificação racial, visto que em um estudo genético realizado pela UFMG (Universidade Ferderal de Minas Gerais) com 200 brasileiros que seu auto declararam negros foi concluído que “do