Cotas Raciais
De qualquer forma, e é este o intuito do trabalho, quer se demonstrar o domínio da metodologia acadêmica de pesquisa, observando todas as suas fases, de forma a propiciar a produção de um texto que, ao mesmo tempo, contemple a compreensão do tema proposto e, também, a observância das regras de produção de um trabalho científico.
Atendo-se, preliminarmente, ao tema “Cotas Raciais”, sob o enfoque de sua recente inserção na vida dos postulantes a um curso superior, e de sua novel regulamentação pelas áreas competentes do Poder Executivo, no caso, o Ministério da Educação e Cultura – MEC, vimos ser estabelecidos debates sobre sua abrangência, tendo sido defendido e atacado pelos diversos segmentos da sociedade, mormente aqueles diretamente atingidos, instituições de ensino superior, alunos, professores e órgãos governamentais.
Não é de admirar que tenha sido objeto de calorosos debates, até porque o assunto tem desestabilizado alicerces de longo tempo aceitos, seja na esfera judicial ou mesmo no arraigado dia-a-dia das faculdades, têm e tinham métodos próprios para permitir o ingresso de estudantes em seus quadros, sendo que cotas raciais raramente constavam como critérios de aferição para a aceitação de alunos em seus quadros.
A partir da regulamentação das cotas raciais, o terreno ficou fértil para o (re)posicionamento de ideias, até então adormecidas ou convenientemente esquecidas, saindo da esfera acadêmica para o debate político, se esta era ou é a melhor forma de tornar mais igual o ingresso de estudantes afrodescendentes em cursos superiores, procurando equilibrar, com esta medida, injustiças históricas aplicadas aos negros no Brasil, sendo o aspecto maior a escravidão.