Costumes Nordestinos
A cidade nunca recebeu algo parecido com o que fizemos lá neste final de semana (23,24,25/09). Nos revezamos em turnos que formaram 36 horas de intercessão. Fomos aos principais pontos de idolatria da cidade e abençoamos a vida do pastor e da igreja local.
Penso que a maioria de nós ainda não conhece as necessidades da igreja nordestina e do povo que vive no sertão. Na noite em que fizemos o culto na praça, distribuímos Bíblias e pude perceber que TODOS a abriram e alguns começaram a ler na mesma hora. Houve uma mulher que disse baixinho: “Eu nunca tive.”
Jer 23:29 A minha palavra queima como fogo. Ela é como um martelo que quebra a pedra mais dura, diz o Senhor.
Senti-me como nos tempos da Reforma, onde o conhecimento da Palavra libertou do engano das tradições em que as pessoas estavam. Conheci e pude conversar com o Pastor José. Perguntei a ele só pra poder contar aqui, mas sabia a resposta: “Pastor, quando o Senhor quer ouvir uma palavra, você pega um DVD, compra um livro ou entra na internet?” Ele balançou a cabeça e não tinha o que me dizer. Talvez nem soubesse o que era isso, mas vai batizar 14 pessoas no mês que vem. Ele tem a Bíblia e a oração. Trabalha como pedreiro e está levantando sua casa na cidade. Como ele mesmo ministrou “Deus não chama frouxo!”
São testemunhos que nos confrontam como o da Missionária Telma que mesmo tendo 10% da visão realiza um trabalho num Quilombo. Como o do Rafael que disse “Não quero morrer numa cidade que tenha Shopping!” Como o Luiz Neto que tocou ousadamente seu violão diante da cruz de madeira e do Olho d’água onde as pessoas buscavam milagres. Irmãos que escolheram viver entre os mais simples.
Lá, entre as vidas de Santa Cruz dos Milagres,