cosmovisao dos escritores sagrados
INSTITUTO TEOLOGICO QUADRANGULAR Curso de Teologia 20 de Agosto, de 2013
O Salmo 78 é um exemplo do uso dessas lições a fim de nos educar para que evitemos os erros do passado e prossigamos rumo ao futuro munidos do desejo e da sabedoria que levam à comunhão de Deus e ao seu serviço. Assim, Asafe declara, logo de início, seu propósito (vv.3,4): “O que nós ouvimos e aprendemos e o que nossos pais nos contaram não esconderemos dos seus filhos. Anunciaremos à próxima geração os louvores do Senhor, o seu poder e os seus feitos maravilhosos”. Seguindo esse propósito, o salmista aponta seis fontes de aprendizado para que o povo de Deus aja com sabedoria e honre ao seu Senhor.
Primeiro aprendizado - as instruções de Deus. O salmista, falando das ações divinas entre o povo de Israel, diz (v.5): “Ele estabeleceu uma norma em Jacó e promulgou uma lei em Israel”. A “lei” (tôrâ), cuja palavra hebraica pode ser também traduzida como “instrução”, além de revelar o caráter de Deus, servia para tornar Israel – por meio da obediência – o povo reto que serviria seu Senhor. Por isso, Deus disse a Abraão: “Porque eu o escolhi para que ordene a seus filhos e a sua casa depois dele, a fim de que guardem o caminho do Senhor e pratiquem a justiça e o juízo” (Gn 18.19). Nesse mesmo sentido, o salmista continua sua colocação reafirmando a necessidade, conforme a própria instrução divina (Dt 6.7; 11.19), de se transmitir às gerações posteriores as palavras e a revelação de Deus sobre ele mesmo e sobre seus desejos: “Ele ordenou aos nossos pais que ensinassem aos seus filhos”. O objetivo é produzir uma geração que conheça o temor e a comunhão do Senhor (v.7): “A fim de que coloquem em