cortiço
Segundo análise de Antonio Candido, no ensaio De Cortiço a Cortiço, no cortiço de Aluísio Azevedo a natureza brasileira "desempenha papel essencial como explicação dos comportamentos transgressivos, como combustível das paixões e e até da simples rotina fisiológica. Aluísio aceita a visão romântico-exótica de uma natureza poderosa e transformadora, reinterpretando-a em chave naturalista."5
De acordo com Valentin (2013), O cortiço é um dos primeiros romances brasileiros a apresentar representações da homossexulidade6 . A esse respeito, afirma o autor:
"[...] em O cortiço, conclui-se que a homossexualidade é representada de duas maneiras: a primeira delas, no caso de Albino, de modo estereotipado e oblíquo, na qual ela funciona como caracterizador de um tipo social; a segunda, no caso de Pombinha e Léonie, materializada sob a forma de ato sexual, no qual o desejo, concebido como instinto animal degenerado (por ser de orientação homoerótica e por vir de uma prostituta), emerge a partir da personagem Léonie. Nesse caso, no entanto, ela não se sustenta como algo duradouro, pois ela se resume àquele ato"7 (VALENTIN, 2013, p. 199).
Sinopse[editar | editar código-fonte]
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“Proprietário e estabelecido por sua conta, o rapaz atirou-se à labutação ainda com mais ardor, possuindo-se de tal delírio de enriquecer, que afrontava resignado as mais duras privações. Dormia sobre o balcão da própria venda, em cima de uma esteira, fazendo travesseiro de um saco de estopa cheio de palha. A comida arranjava-lha, mediante