corrupção
Conversas de Pinto da Costa não tiveram consequências nos tribunais, mas valeram a condenação do dirigente no plano desportivo.
As polémicas escutas agora divulgadas estiveram no centro do processo "Apito Dourado" (que investigou casos de corrupção e tráfico de influências no futebol profissional português). Mas não tiveram grandes consequências na justiça civil. Só serviram para a Comissão Disciplinar da Liga de clubes aplicar castigos aos dirigentes e clubes envolvidos.
Os ficheiros áudio que surgiram anteontem à noite no YouTube já eram, na maioria, conhecidos da opinião pública: em versão impressa circularam pelos media nacionais desde 2004, quando "explodiram" os processos do "Apito Dourado". A investigação começou por incidir no Gondomar (da II Divisão B), mas rapidamente chegou ao topo do futebol nacional: FC Porto e Boavista.
E é aos casos de corrupção desportiva envolvendo portistas e boavisteiros (e os seus presidentes Pinto da Costa e João Loureiro) que se referem os nove ficheiros de escutas postos online. Sete gravações dizem respeito a conversas de Pinto da Costa (com outros dirigentes portistas, com Valentim Loureiro e com o empresário António Araújo) que acabaram por não ter consequências na justiça civil. O caso "da fruta" (corrupção do árbitro Jacinto Paixão, do Beira--Mar-FC Porto, de 2004) não passou da fase de instrução. No caso "do envelope" (corrupção de Augusto Duarte, juiz do FC Porto-E. Amadora, de 2004), o presidente azul e branco acabou ilibado (e já viu a sentença ser confirmada pelo Tribunal da Relação do Porto).
As escutas em causa acabaram por só ter consequências a nível desportivo: em Maio de 2008, a Comissão Disciplinar da Liga de clubes puniu o FC Porto com a perda de seis pontos na 1.ª Liga 2007/08 e Pinto da Costa com uma suspensão de dois anos.
João Loureiro, antigo presidente do Boavista, é outro visado, em dois ficheiros áudio. As