corrupção como elemento violador dos direitos humanos
No Brasil, é comum ver as pessoas atribuírem o problema da corrupção à “má índole do povo brasileiro” ou até mesmo à famosa “lei de Gerson”, segundo a qual deve-se sempre “levar vantagem em tudo”. Segundo Raymundo Faoro, a corrupção é um "vício" herdado do mundo ibérico, resultado de uma relação patrimonialista entre Estado e Sociedade.
Corrupção política no Brasil está diretamente ligada ao clientelismo, referindo-se à prática de favorecimento exercida por políticos em troca de apoio para suas campanhas.
Estas são as duas características mais fortes do clientelismo: o nepotismo legitimado e o oligarquismo. Com efeito, enquanto a corrupção se agrava cada vez mais, no Brasil e no mundo real, segundo
Relatório de Desenvolvimento Humano de 2001 das Nações Unidas, 22% da população (mais de 35 milhões de pessoas) vive abaixo da linha de pobreza (US$ 2/dia); praticamente 50% da população urbana nacional está lançada á periferia das capitais, onde só tem o caminhão de lixo passando à frente de sua residência (quando passa); o índice de analfabetismo atinge 20%; falta água em 7 dentre 30 dias no mês; apenas 30% das casas são atendidas por sistemas de esgotos, e a água encanada decorre de ligações clandestinas, não se vislumbrando melhores perspectivas para os anos seguintes.
Enquanto isso, empresários corruptos ficam cada vez mais ricos; políticos inescrupulosos utilizam-se da coisa pública em seu benefício próprio; servidores públicos se servem da coisa pública ao invés de servir à população.
No Índice de Percepções de Corrupção de 2013, o
Brasil foi classificado na 72ª posição entre 177 países e