Corrosão
Muitos metais, que, em dados meios aquosos, se corroem ativamente, quando sobrepassam um certo valor de potencial, passam a apresentar uma corrente anódica reduzida, que corresponde a uma corrosão pequena ou desprezível. Diz-se, então que o metal está passivo. Este comportamento pode ser apreciado pela forma da curva de polarização anódica, a qual pode ser representada esquematicamente como na fig. 1
E transpassividade passividade
EF
Transição ativo-passiva
Corrosão ativa
Ipass
I crit
Log I
Fig.1 Curva de polarização anódica esquemática de um metal que é capaz de passivar-se em dado meio.
Nessa curva se observa que, a potenciais relativamente baixos, o metal sofre uma dissolução crescente com o valor do potencial. A partir de dado valor de potencial, conhecido como potencial de Flade, EF, a corrente passa por um máximo (corrente crítica,
Icrit) e depois há uma diminuição apreciável do valor da densidade de corrente, instalandose a passividade. A partir daí, por um intervalo de potenciais maior ou menor, a corrente se mantém praticamente constante, (corrente passiva, Ipass), o que mostra que ela não está sendo comandada pelo potencial. Em potenciais mais elevados, em geral acontece um novo aumento de corrente, que pode ser devido a vários fenômenos: estabelecimento de corrosão localizada, início de uma nova reação anódica como a liberação de O2 (oxidação da água), ou a transpassividade propriamente dita que corresponde a transformação de um óxido que
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houvesse se formado sobre o metal durante a passividade e que se transforma em um íon solúvel ou em outro óxido, por sua vez solúvel.
A curva esquemática anódica apresentada, pode ter modificações em cada caso. Por exemplo, na região do potencial de Flade, costumam aparecer fortes oscilações de corrente, antes que se estabilize seu valor a partir de um dado potencial. O valor da densidade de corrente passiva pode ser bastante variado nos diversos casos,