Correção do fator de potencia
Corrigir o fator de potência é fundamental em qualquer instalação industrial. Quedas de tensão, perdas, sobrecargas são algumas das conseqüências de um fator de potência baixo numa instalação. Todo profissional que trabalha com eletrônica industrial deve estar atento a esse fato.
A legislação brasileira, através dois decretos 62 724 de 1968, 75 887 de 1975 e 479 de 1992 determina a manutenção do fator de potência o mais próximo possível de 1, tanto pelas concessionárias como pelos consumidores.
Esses decretos também determinam a forma de avaliação e o critério de faturamento da energia reativa que exceder os novos limites. Esses limites são de 0,92, dependendo do horário. Assim, para os períodos entre 6 e 24 h o fator deve ser no mínimo 0,92 para a energia e demanda de potência reativa indutiva fornecida. Entre 24 e 6 h, o mínimo estabelecido é 0,92 para energia e demanda de potência reativa capacitiva recebida.
Veja que esses valores estão bem próximos dos adotados para alguns países que estão tipicamente na faixa de 0,92 a 0,96.
Para que os leitores que não acompanharam os artigos anteriores em que tratamos do assunto, ou ainda desejam reciclar seus conhecimentos sobre fator de potência, uma breve revisão dos conceitos básicos de fator de potência é importante.
FATOR DE POTENCIA (Fp)
O fluxo de potência em circuitos de corrente alternada tem três componentes: potência ativa (P), medida em watts (W); potência aparente (S ou N), medida em volt-ampères (VA); e potência reativa (Q), medida em var,(var).
A potência ativa é a capacidade do circuito de produzir trabalho em um determinado período de tempo. Devido aos elementos reativos da carga, a potência aparente, que é o produto da tensão pela corrente do circuito, será igual ou maior do que a potência ativa.
A potência reativa é a medida da energia armazenada que é devolvida para a fonte durante cada ciclo de corrente alternada. É a energia que é utilizada para produzir os campos elétrico e