Corrente do bem
Por: Adriana Dourado
O que eu quero da vida? Quero ser feliz!
Mas o que é ser feliz? Eis a questão!
Para uns a felicidade está em buscar o prazer. Para outros, os prazeres provocam instabilidade, dor e sofrimento, por isso o ideal seria sufocar as paixões. Há quem pense que a perfeita felicidade, só se encontra na vida futura, realizando-se em Deus. Para outros, ainda, não é a felicidade que importa, o que vale é agir conforme o dever.
Essas questões, que certamente, qualquer pessoa já se colocou muitas vezes, também tem sido preocupação dos pensadores através dos tempos. Ora, uma das preocupações do homem ao se comportar moralmente é saber distinguir o bem do mal, ao se perguntar como deve agir em determinada situação, certamente se aproxima de outras situações mais teóricas e abstratas tais como: Em que consiste o bem? Qual o fundamento da ação moral? Qual a natureza do dever? Colocando tais questões, estará entrando no campo da ética, teoria que realiza a reflexão crítica sobre a experiência moral e que tem por fim discutir as noções e princípios que fundamentam a conduta moral.
O conteúdo do filme “A Corrente do Bem” tem a sua essência totalmente ética, trazendo especulações sobre comportamento humano no cotidiano de suas vidas. Partindo de uma proposta extremamente desafiadora o professor de Estudos Sociais incita seus alunos a encontrarem uma ideia que possa transformar o mundo. O pequeno Trevor, em meu entender, personagem principal do enredo, diante da realidade que o cerca, compreende que para haver transformação as pessoas precisam possuir um sentido de vida que proporcione a elas a tão sonhada felicidade. Em sua tarefa escolar, ele enxerga uma saída propondo mudança a partir do agir de acordo com o bem.
Podemos dizer a reflexão ética se inicia no mundo ocidental na Grécia antiga, no século V a.C., quando se acentua o desligamento da compreensão de mundo baseado nos relatos míticos. Os sofistas