Correlação entre condições de saneamento básico e parasitoses intestinais na população de Assis, Estado de São Paulo

Correlação entre condições de saneamento básico e parasitoses intestinais na população de Assis, Estado de São Paulo

Os parasitores intestinais constituem-se num grave problema de saúde pública, sobretudo nos países de terceiro mundo, sendo um dos principais fatores debilitantes da população, associando-se frequentemente a quadros de diarreia crônica e desnutrição, comprometendo como consequência, o desenvolvimento físico e intelectual das faixas etárias mais jovens da população.
Em decorrência disto e das repercuções econômicas, vários programas são criados para o controle de parasitas intestinais em vários países, porem existe uma grande diferença entre o êxito alcançado nos países mais desenvolvidos e naqueles de menor economia. Além do custo, a falta de projetos educativos para a participação da comunidade dificulta a implementação das ações de controle.
Em países subdesenvolvidos os índices de parasitores intestinais atingem ate 90% ocorrendo um aumento significativo a medida que piora o nível sócio econômico.
Pesquisas realizadas em diversas regiões do Brasil mostram frequências bastante diferentes, de acordo com as condições locais de saneamento básico e características da amostra analisada.
Foram analisadas 18633 exames parasitológicos de fezes. O material para o exame foi recebido por seis Postos de Atendimento Sanitários (PAS). As amostras eram recebidas aleatoriamente de acordo com os pedidos médicos, ou seja, os pacientes não apresentavam queixas exclusivamente relacionadas a parasitores intestinais.
A analise dos dados obtidos foi feita em três etapas:

A) Estudo descritivo das seis regiões assistidas pelo PAS e da cidade de Assis como um todo;
B) Verificação da hipótese de diferenciabilidade no PAS e nas faixas etárias;
C) Analise de correlação entre a frequência parasitológica e as condições de saneamento básico.

Foram analisados 18.633 exames coproparasitologicos nos períodos de 1990 a 1992 e o percentual de parasitas intestinais foi