Correlação entre capítulos introdutórios dos livros História da Arte de Gombrich e Iniciação a história da arte de Janson e Janson
453 palavras
2 páginas
Em Iniciação a história da Arte, os autores iniciam a apresentação do livro fazendo uma reflexão sobre a imaginação, os sonhos e o subjetivo, ligando a atividade cerebral humana ao desenvolvimento artístico, a habilidade de criar arte desde as sociedades mais remotas, apontando o artista como um ser capaz de transmitir emoção. Já em A história da Arte, Gombrich inicia salientando que o que realmente existe são os artistas, não a arte, tendo como base a construção do objeto artístico sem a intenção de transmitir arte, como nas pinturas rupestres. Essa relação também é expressa no primeiro livro que apresenta uma visão diferente quando diz que o artista é fruto da obra de arte, uma vez que seu sucesso depende da aceitação de seu trabalho.Ambos os autores trabalham a questão da beleza e da preferência humana pelos tipos de arte. O segundo julga a pretensão das pessoas em admirar o belo como um impedimento para a apreciação de obras “fora do comum”, afirmando que há vários aspectos que delimitam o julgamento acerca de uma obra, como o seu tema, a retratação fidedigna da realidade, a expressão, a religiosidade presente (em alguns casos), e o detalhamento. E assim como o primeiro mostra que não há métodos para determinar o que é arte, pois as opiniões são diferentes, e o que é belo para uma pessoa pode não o ser para outra.
Acerca do mesmo questionamento sobre preferências, Janson e Janson separam as pessoas em dois grupos, os especialistas e os leigos, como pessoas que possuem ou não conhecimento artístico, indicando que não existem indivíduos que nada sabem sobre arte, há apenas as questões de auto intitulação como o “eu não sei”, que na verdade significa “gosto do que conheço e rejeito o diferente”. Em contrapartida Gombrich condena o semiconhecimento e o esnobismo, referindo-se às pessoas que dizem conhecer e acabam procurando o pouco que conhecem nas obras e assim delimitando a sua apreciação da arte.
Em linhas gerais, ambas as introduções fazem as mesmas