Correio Braziliene x Gazeta do Rio
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GAZETA DO RIO DE JANEIRO x CORREIO BRAZILIENSEA Gazeta do Rio de Janeiro, fundada em 10 de setembro de 1808, foi o primeiro jornal impresso no Brasil, nas máquinas da Imprensa Régia, no Rio de Janeiro. Seu lançamento marca o início da imprensa no país. Até à sua publicação, fruto da transferência da corte portuguesa para o Brasil, era terminantemente proibido aos habitantes do Brasil o acesso a publicações.
Publicado duas vezes por semana (bi-hebdomandário), era um jornal oficial e consistia, basicamente, de comunicados do governo. Seu editor era o Frei Tibúrcio. Também publicava informes sobre a política internacional, em especial, à realidade europeia diante dos conflitos napoleônicos e a instabilidade das colônias americanas da Espanha. Em 1812, Frei Tibúrcio passou o comando para o coronel Manuel Ferreira de Araújo Guimarães e por Francisco Ferreira Goulart. Mas o conteúdo do periódico não mudou muito, principalmente por ser um órgão oficial, o que impedia que retratasse ou denunciasse qualquer abuso do governo português. Apesar de não falar dos problemas sociais, o jornal também publicava artigos científicos, anunciava cursos e publicava artigos técnicos. A partir de 29 de dezembro de 1821 passou a se denominar simplesmente Gazeta do Rio. Com a independência, a Gazeta deixou de circular. Com seu fim, foi sucedido pelo Diário Fluminense, de Pedro I e o Diário do Governo, de Pedro II, como órgãos oficiais de imprensa.
Seu conteúdo era restrito aos interesses da Coroa, e voltado para a vida cortesã. A parcialidade patenteava-se, por exemplo, no tratamento pró-inglês ao falar das guerras napoleônicas. Em 1818 o bibliotecário real Luís dos Santos Marrocos advertia em carta ao seu pai, em Portugal: “Devo advertir que nelas (notícias) há muita falta de exação e muita mentira, que não posso desculpar, pois, narrando com entusiasmo coisas não existentes ou dando valor a ninharias, cai no absurdo, ou talvez no desaforo, de não publicar fatos e circunstâncias ainda