Corpus Christi
No ano de 1209, a freira agostiniana Juliana de Liège, mais tarde proclamada Santa Juliana de Mont Carnillon, passou a ter visões onde Cristo pedia uma festa solene em que a Eucaristia fosse celebrada com mais destaque. Ocorreu que nas suas visões, Santa Juliana via um astro semelhante à lua, totalmente brilhante, porém com uma incisão escura. O próprio Jesus Cristo a ela revelou que a lua significava a Igreja, a sua claridade as festas, e a mancha, sinal da ausência de uma data dedicada à Presença Real de Cristo no Sacramento da Eucaristia. Em 1258, seu Bispo, acabou instituindo uma festa em honra ao Corpo de Cristo, somente em sua Diocese. Por pertencer à diocese onde estava a cidade de Liège na Bélgica, ela comunicou suas visões ao Arcediago (como um vigário geral, que auxilia na administração só de uma parte da diocese), que fora encarregado de avaliar o caso. O vigário era o cônego Jacques Pantaleão de Troyes, mais tarde no ano de 1261, se tornaria Papa Urbano IV.
As Visões de Santa Juliana, com a lua com a mancha negra da falta de honra solene a Eucaristia.
No ano de 1263, no pontificado do Papa Urbano IV, um milagre em Bolsena faria o Papa escrever uma Bula que estenderia à Igreja universal uma festa em honra a presença real de Cristo na Eucaristia. Aconteceu que durante o regresso de uma peregrinação ao túmulo de São Pedro em Roma, um Padre conhecido como Pietro de Praga, resolveu fazer uma pequena parada.Ele era descrito nas histórias como um padre devoto, mas era um dos que tinha dificuldades em crer que Jesus Cristo estava realmente presente na Hóstia consagrada, pela noite em seu retorno a Praga, desviou do caminho e resolveu visitar a tumba de Santa Cristina, mártir do século terceiro, localizada em Bolsena. Enquanto celebrava a Santa Missa sobre o túmulo de Santa Cristina, em meio a pronuncia das palavras da consagração, Sangue começou a verter da Hóstia consagrada, escorrendo sobre suas mãos, sobre a pedra altar e