corpos em metamorfose
Corpos em metamorfose: um breve olhar sobre os corpos na história, e novas configurações de corpos na atualidade.
Maria Cristina Chimelo Paim e Marlene Neves Stre
Maio/ 2014
O texto em questão aborda o tema corpo, gênero e sociedade; analisa alguns aspectos sociais e culturais, que contribuíram para a construção dos corpos em nossa sociedade até busca pelo corpo ideal na atualidade.
O culto ao corpo é uma das características mais marcantes da sociedade contemporânea, onde o mesmo torna-se objeto de consumo na constante busca da imagem ideal. Segundo Heilborn (1997), nosso corpo não é uma entidade natural apenas, é também uma dimensão produzida pelos efeitos da cultura, não fala por si próprio, se ele anuncia algo é aquilo que a própria cultura o autoriza a falar. Na sua subjetividade, está sempre produzindo sentidos que representam sua cultura, desejos, paixões, afetos, emoções, enfim, o seu mundo simbólico. Neste jogo o corpo fala e também é falado pelos outros, sendo um múltiplo lugar de significações, que nossa cultura permite revelar (Fausto Neto, 2000).
A autora comenta sobre o significado do corpo desde a antiguidade até a atualidade. No século XX, os meios de comunicação começaram a funcionar como propulsores da comunicação de massa. O corpo passa a ser reproduzido em série, através da fotografia, do cinema, da televisão, da internet, etc. O aparecimento de rostos jovens, maliciosos e sensuais na tela, somados a outros fatores, foram cruciais para a construção de um novo modelo de beleza.
Segundo a autora, estamos assistindo neste início de século XXI, especialmente nos grandes centros urbanos brasileiros, a uma crescente glorificação do corpo, sua exibição pública é cada vez maior. Para Goldenberg & Ramos (2002), as regras da atual exposição dos corpos, parecem serem fundamentalmente estéticas, sendo que, para atingir a