Corporeidade
CORPOREIDADE
O CORPO COMO OBJETIVO DE CONSUMO
MARCOS JOSÉ MARTINS – C278947
INTRODUÇÃO
Atualmente há um interesse exacerbado pelo corpo. No entanto, tal preocupação geralmente é restrita a aspectos relacionados a saúde, sensualidade e a busca de beleza, com finalidade de corrigir o corpo. Nesse contexto, surge o interesse pelos tratamentos cosméticos de beleza, das cirurgias plásticas, entre outros, desencadeando um consumismo desenfreado. Essas atitudes fazem com que o corpo hoje seja “vivido como acessório da pessoa, artefato de presença, implicado em uma encenação de si que alimenta uma vontade de se reapropriar de sua existência, de criar uma identidade provisória mais favorável. O corpo é então submetido ao design às vezes radical que nada deixa inculto” (LE BETRON, 2003, p. 22).
Tal expectativa de corpo vem tornando-se hegemônica na sociedade hodierna e a tecnociência com seus métodos, formas de intervenções cada dia mais avançadas vem socorrer esse corpo, a fim de possibilitar as metamorfoses corporais que atende as necessidades muitas vezes irrefletidas das pessoas. No pensamento do sujeito contemporâneo “o corpo é hoje um motivo de apresentação de si” (LE BRETON, 2003, p. 30). Vivemos no mundo da valorização da aparência física, o que somos vai depender da maneira que nos apresentamos, geralmente referenciados pela mídia, pois, é a partir desse modelo que seremos aceitos ou não pela sociedade.
Entretanto, vislumbramos um novo olhar sobre o corpo, considerando sua complexidade, tomando conhecimento da diversidade inerente aos indivíduos e também da sua cultura. Acreditamos que dessa forma será possível um (re) pensar das aspirações dos sujeitos e da sociedade. Como sugere Silva:
“Situando-se na interconexão entre o mundo da cultura e o mundo da natureza, o corpo representa um importante foco de reflexão e de indicações em torno do renorteamento do eixo civilizatório, dada a vivência de uma crise de dimensões