corpor e sociedade de consumo
4897 palavras
20 páginas
Fragmentao e doena do corpo na sociedade de consumo 1 Ricardo Melani Professor do departamento de educao fsica e esportes da Faculdade de Educao / PUC-SP Fonte HYPERLINK http//www.apropucsp.org.br/revista/r22_r07.htm http//www.apropucsp.org.br/revista/r22_r07.htm http//www.apropucsp.org.br/ Herclito e Parmnides so duas das grandes referncias para o pensamento pr-socrtico. O primeiro tido por Hegel como o inventor da dialtica, acreditava que o mundo um eterno devir, que as coisas mudam contnua e incessantemente2 e que a permanncia no passa de uma iluso. O segundo, que, para muitos comentadores, teria sido o primeiro a formular os dois princpios lgicos de todo pensamento o princpio da identidade e o princpio da no-contradio , e que, para outros, foi o pai da ontologia, acreditava, por sua vez, que o ser aquele que permanece sempre idntico a si mesmo. Nesse sentido, o ser exclui as mudanas e as alteraes presentes na aparncia. Estas concepes so opostas, mas contm idias comuns. Os dois pensadores (a) fazem a distino entre aparncia e realidade (b) afirmam que essa distino s pode ser feita pelo pensamento e (c) estabelecem a experincia sensvel como algo suscetvel ao engano. Para Herclito, a aparncia, a iluso, era a estabilidade das coisas. Para Parmnides, a aparncia, a iluso, era a mobilidade incessante das coisas. No entanto, no entender de alguns estudiosos, os dois filsofos coincidiam quanto idia de que s se apreende o verdadeiro pelo pensamento3.A distino entre conhecimento sensvel e conhecimento do pensamento se consubstancia na contraposio entre opinio e verdade, desenvolvida por Parmnides4. Para ele, os sentidos so de alguma maneira prisioneiros da opinio, ou seja, da suposio, da conjectura, da reproduo das opinies comumente admitidas, enfim, de algo estabelecido sem fundamento e, portanto, arbitrariamente, algo que parece ser de um modo e que pode vir a ser de outro, dependendo das circunstncias. Em contraposio a esse conhecimento instvel e efmero, existe o