corpolatria
Já dizia o grande Vinícius de Moraes: “As feias que me desculpem, mas beleza é fundamental”.
Sem hipocrisia, essa frase apenas exibe algo que todos nós sabemos: um rostinho (e corpo) bonito pode abrir muitas portas. Até mesmo em disputas do Mercado de Trabalho, se dois candidatos possuem todos os requisitos necessários e tem um currículo parecido, o desempate fica por conta da aparência física.
Agora, dizer que beleza é fundamental também tem prejudicado muitas pessoas. A ditadura do corpo sarado, da pele perfeita e cabelos lindos tem feito muitos reféns. Em casos mais extremos, tem feito muita gente triste e doente.
Depressão, anorexia e bulimia, compulsão por exercícios físicos. Esses, além do abandono da vida social, pessoal e profissional constituem os sintomas da auto-decepção que as pessoas sentem por não se encaixarem no padrão “belo” imposto pela sociedade.
E, se de um lado o povo tem muito a perder, a Indústria da beleza só tem a ganhar: spas, academias, cosméticos, cabeleireiros, esses sim faturam (e muito!) com essa compulsão pelo “lindo”.
Não podemos nos esquecer também da moda: essa, com suas modelos magérrimas, dá a largada para a “maratona da beleza”. Especialmente agora, com Fashion Rio e São Paulo Fashion Week…
É fato, diante de tudo isso, que a Corpolatria existe. Ela está aí pra todo mundo ver, admirar e, principalmente, faturar.
Infelizmente.
Mas, nem tudo está perdido, afinal, como dizia Sócrates: “A beleza é uma tirania de curta duração”.
E, vamos falar a verdade: de que adianta ser lindo por fora sem um mínimo de conteúdo por dentro?
Até a próxima.
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Os adolescentes e o corpo
Quando o espelho torna-se o objeto mais importante do adolescente, a coisa é séria!
A vocês, pais e educadores, oferecemos esta reflex ão a respeito do moderno "culto ao corpo". Os padrões que a sociedade impõe, principalmente através da mídia, fazem com que cresça o