corpocidade 2014
460 palavras
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Iniciamos este texto tecendo uma narrativa. Uma tentativa de apropriação do espaço, o de domínio das palavras, a partir do espaço “em si”, onde nós – arquitetos urbanistas- atuamos e/ou pensamos. Este “em si” abarca nosso pensamento e nosso campo de ação, a cidade. A narrativa se estende ao papel, sob múltiplas mãos, subjetivando a objetividade projetiva. Nas palavras de Michel de Certeau, subjetivamente intencionamos algo que se aproxime de percurso(s) de espaço(s). Em nossas palavras, objetivamente narramos a experiência da disciplina de Planejamento Urbano, do nono semestre do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Pelotas, Rio Grande do Sul. O foco da disciplina é o exercício do planejamento urbano na cidade de Jaguarão, fronteira sul do RS com Uruguai. Um plano urbano e ambiental para os próximos oitenta anos. Escrevemos também aqui nossas figuras conceituais. Denominação adotada para as ideias-conceitos que deram sentido ao trabalho.
A cidade entendida como uma representação. Uma projeção. Um colocar-se a distancia, pelo arquiteto. Imagens aqui “escritas” como construção de perspectivas. Aquilo que Certeau chamou de totalizações imaginárias do olhar. Projeto.
No pensamento a simulação é possível. O pensamento em si é dobra. Dobra que tende ao infinito. O pensamento dá forma. Projeto para nós é um prolongamento. É um movimento à frente. É uma possibilidade que toma forma. Portanto não pretende ser absoluta, ao menos não em parte. É uma potencialidade carregada de possibilidades, incertezas.
Substrato é o objeto genérico do trabalho (projeto). A camada originária. Da ecologia o que dá suporte a outros organismos vivos. Da filosofia aquilo que constitui a essência. O que suporta a outra existência. O substrato aqui é artificial. É a essência artificial da cidade. O traçado xadrez.
O fragmento é incompletude. É um pedaço, de algo que se partiu, quebrou. A quebra ou a formação do fragmento se origina a partir de uma tensão. Para nós