corpo para a psicanalise é o corpo pela linguagem
Na psicanálise, a linguagem, como material privilegiado de trabalho, sempre teve um lugar de destaque. Isto funcionou, durante muito tempo, para que argumentassem que a psicanálise negligencia psicanalista limitava-se a ouvir relatos do paciente deitado no divã e fora do campo visual do terapeuta. Este limitava-se a ouvi-lo e a tentar correlacionar o que ouvia com o momento e com sua historia a interpretar os relatos. Reich foi o primeiro que, frente ao silêncio do paciente, começou a observalo e então fez a descoberta do evidente: cada paciente fica em silêncio a seu modo, em certa atitude, com certas expressões no rosto...Levado pelo seu condicionamento como interprete, começou a perceber que cada modo de estar em silêncio podia significar tanto quanto uma declaração verbal momento fundamental de mudança de paradigma! o corpo e prioriza exclusivamente o discurso.
Falar o corpo não fala, mas é claro que ele se exprime. Ele sinaliza intenções, mostra emoções, assume atitudes, faz mil gestos e mil caras. Não faria nada disso se faze-las não tivesse alguma função. Estou me referindo é claro à linguagem corporal, a mais primitiva forma de comunicação entre os animais. Portanto, se for verdade que “quanto mais antigo mais profundo,” a linguagem corporal é então o mais profundo dos meios de comunicação, tanto entre animais como entre seres humanos. Na certa, é o fundamento e o complemento da comunicação verbal. Vantagem evidente da linguagem corporal sobre a linguagem verbal: além de ser evidente (isto é, visível) ela é, por isso mesmo, muito veloz, tanto na sinalização como