Corpo autotélico de consumo e a identidade do sujeito
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Padrões irreais são impostos sobre os corpos e criam maneiras que definem como os mesmos devem ser, se preocupando infindavelmente em modificar sua forma. Passa-se a trabalhar com uma projeção - quem ocupa uma identidade não hegemônica por diversas vezes tem a noção diária de que seu corpo nunca alcançará o alvo estabelecido, que se percebe inatingível. Ocorre uma desconexão com o corpo quando este deveria ser efetivamente próprio, tornando-o algo à parte do indivíduo, um fardo desconectado de quem o sujeito é. Essa questão da dualidade corporal*afasta sua totalidade ideal e culmina em um peso, uma não-identidade, ao invés de ser parte do seu mais íntimo. Seria necessário um tipo de reconhecimento integral sobre o corpo que se vê vinculado a algo exterior, não como sendo parte da própria pessoa. O corpo estaria passível de apropriação, um encontro com a conexão que deveria estar inerente, mas que no entanto foi desapropriada, furtada. As mulheres se inserem em um âmbito profundamente pertinente em que a misoginia impera sobre seu gênero de forma descomunal. Aí, a expropriação corporal se evidencia quando seus corpos têm exclusivamente a função de adorno, tendo então utilidade para a realização do outro. Ocorre uma pressão a adequação aos moldes sociais, e consequentemente uma opressão. Elas se encontram no dever de estarem constantemente na busca por uma idealização, por correspondê-la e como se não bastasse, por mantê-la. Essa postura se caracteriza como um valor de mercado da era de consumo em que os membros tornam-se meramente objetificados e avaliados para esse exclusivo fim.
Há uma lógica assustadora por trás. A economia precise inserir o consume como elemento central no nosso estilo de vida. Temos que converter a compra do produto em rituais, o seu uso deve ser um ritual que usamos para nossa satisfação espiritual. devemos buscar satisfazer nosso hábito pelo consumo. Como medir status social de alguém pelo padrão de consumo. Nivel de aceitabilidade de