Cores
Não há verdadeiramente cor nas coisas, mas na luz. Por atribuição, em função à luz, diz-se a cor. Quando um objeto se mostra amarelo, significa apenas que refletiu as ondas amarelas e absorveu as verdes, azuis, violetas, alaranjadas, vermelhas.
Sem entender que a cor pertence à luz e não aos objetos que a absorvem e refratam, não se consegue entender a afirmativa de que as coisas ditas coloridas efetivamente não têm cor alguma. Também afirmamos que, ao desaparecerem na escuridão, quando a luz se ausenta, as coisas assim ficam exatamente porque a cor não lhes pertence, pois na verdade, as cores pertencem à luz que retornou aos olhos do observador.
1.1 Aspectos históricos Filósofos e psicólogos, artistas e cientistas sempre foram fascinados pelos mistérios continuamente envolventes da luz. O homem a utilizou como fonte de inspiração: a luz das estrelas, as sombras próprias e projetadas, as teorias acerca da origem do universo, as cores etc.
A Bíblia, enquanto um livro histórico, dá prioridade basilar à luz, considerando-a o primeiro suspiro da criação divina.
Os egípcios, obviamente, conheciam algo a seu respeito, já que a grande pirâmide de Queops tem uma altura proporcional à distância que separa o sol de nosso planeta, e atualmente os cálculos dessa distância só foram possíveis com a participação da luz .
Na Grécia, Tales de Mileto (625-543 a.C.), utiliza-se das sombras projetadas de um graveto para o cálculo de segmentos proporcionais. No futuro, a demonstração matemática lhe atribuiria a descoberta do famoso teorema .
Até o tempo de Leonardo Da Vinci, havia uma crença no fato de que a visão humana estaria em poderosos raios emitidos pelo olho. Leonardo afirmou que nada disso ocorria, e semelhantemente ao fenômeno sonoro, nossos aparelhos perceptivos é que captavam os estímulos emitidos.
Figura 1 - Cortes transversais da cabeça