Cores do Ambiente
Nélio Barbosa Boccanera, Sulvia Fernandes Borges Boccanera, Maria Alves Barbosa
O artigo analisado teve como objetivo analisar percepções de profissionais e pacientes quanto às cores utilizadas no ambiente de terapia intensiva (UTI), identificando aquelas consideradas agradáveis e desagradáveis. Tal estudo demonstra como as cores exercem grande influência no ambiente, modificando-o, animando-o ou transformando-o, e assim, podem alterar a comunicação, as atitudes e a aparência das pessoas presentes, pois todos nós temos reações às cores.
Cada cor produz um efeito no ser humano, interferindo no físico e, dependendo do espectro, influenciando na mente e na emoção. Na área da saúde, a influência das cores no ambiente terapêutico já vem se configurando como uma preocupação.
Segundo os entrevistados (médicos, enfermeiros, pacientes, acompanhantes, entre outros) chegou-se a conclusão de que as cores mais desagradáveis para esse ambiente são: preta, branco, vermelho, verde escuro, azul escuro, amarelo escuro, marrom, bege, cinza e roxo. Os mesmos elegeram como cores que gostariam de estar em contato dentro do ambiente da UTI, o azul claro, verde claro, amarelo claro e palha.
Se considerarmos que as pessoas passam grande parte de suas vidas no ambiente de trabalho, os serviços de saúde também deveriam se preocupar com as questões relativas às cores e a estética deste local. Além disso, um ambiente agradável pode amenizar sensações de dor, sofrimento, tristeza e preocupação, as quais acompanham a maioria dos clientes que necessitam permanecer internados nas unidades de assistência à saúde. Considerando, inclusive, que as cores com seus campos de onda, não somente decoram, mas também podem contribuir para o bem estar das pessoas que estão em contato com o ambiente.
Referências:
http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v40n3/v40n3a04.pdf