Coprocessamento
A crescente geração de resíduos industriais e urbanos, que acompanha o desenvolvimento do País, exige uma busca constante de soluções ambientalmente adequadas para o manejo e a destinação correta de materiais inservíveis. A indústria de cimento desenvolve uma opção para eliminar por completo materiais descartados e resíduos de diversas atividades industriais. O coprocessamento em fornos de cimento se apresenta como uma alternativa de destruição ambientalmente adequada para uma variedade de resíduos, incluindo os sólidos urbanos. A tecnologia consiste na destruição térmica dos resíduos com a substituição parcial da matéria-prima e/ou do combustível. Somente em 2011, foram coprocessadas 1,16 milhão de toneladas de resíduos por meio dessa tecnologia.
O coprocessamento, que é amplamente utilizado na Europa, nos Estados Unidos e no Japão, é opção segura para a destruição definitiva de resíduos industriais e passivos ambientais, como pneus, em fornos de cimento. “Além dos benefícios ao meio ambiente, a atividade contribui para a economia de combustíveis fósseis não renováveis, gera empregos diretos e indiretos e é regulamentada pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) e pelas agências ambientais estaduais”, explica Yushiro Kihara, geólogo e gerente de tecnologia da ABCP – Associação Brasileira de Cimento Portland. Os fornos de cimento têm capacidade de destruição de grandes volumes de resíduos e o processo não altera a qualidade do cimento.
No período de 1991 a 2011 foram coprocessados oito milhões de toneladas de resíduos. No Brasil, no ano passado, 220 mil toneladas de pneus usados foram coprocessados em fornos de cimento, o equivalente a 45 milhões de unidades, que, enfileiradas, iriam do Rio de Janeiro a Tóquio, no Japão. São gerados no mundo cerca de dois bilhões de pneus inservíveis por ano, dos quais