COPA
Publicado em 17/07/2014 | GILBERTO CANTÚ
A Copa do Mundo acabou e nos resta analisar os pontos positivos e negativos do legado que o evento deixou para nós, brasileiros. No começo de 2010, o estudo Brasil Sustentável – Impactos Socioeconômicos da Copa do Mundo 2014, realizado pela Ernst & Young e pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), comentou que a Copa produziria um total de R$ 142,39 bilhões na economia brasileira até o encerramento. Além disso, seriam gerados 3,63 milhões de empregos/ano e R$ 63,48 bilhões de renda para a população, impactando o mercado de consumo interno.
Porém, após quatro anos, as expectativas ainda não se confirmaram em sua totalidade. O saldo de contratações com carteira assinada em maio de 2014, por exemplo, foi de 58,8 mil vagas, o pior para o mês desde 1992, segundo o governo. O megaevento esportivo mostrou não somente a evolução que o país precisa ter em termos de futebol mas, ainda mais importante, deixou expostas as feridas econômicas, políticas e culturais do Brasil.
Por todo o mundo, a repercussão da Copa no Brasil é positiva com relação aos brasileiros e a algumas sedes do Mundial. Sejamos verdadeiros: o povo brasileiro sempre foi muito acolhedor, simpático e multicultural. Todos os que aqui estiveram devem ter sido muito bem recebidos, tanto nos hotéis quanto em aeroportos, restaurantes, festas e, principalmente, nos estádios. O evento em si ocorreu sem maiores transtornos e as manifestações anticopa foram poucas e, em sua maioria, pacíficas. A grande questão é que os estrangeiros já foram embora e nós ficamos por aqui, juntamente com todos os problemas econômicos, políticos e sociais do nosso país. E olha que não são poucos.
Elefantes brancos foram construídos e diversas obras não tão importantes foram realizadas, deixando várias outras mais urgentes para trás. A melhoria só aconteceu, como dizem por aí, nos lugares que o turista vê. Os verdadeiros problemas do país ainda estão longe de uma verdadeira e