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A experiência do país que recebeu a Copa de 1998 e se prepara para sediar a Eurocopa de 2016, mostra os desafios para garantir retorno dos alto investimentos por samanthamaia — publicado 22/03/2013 08:18, última modificação 22/03/2013 09:40
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De Paris
O futebol pode mover o coração dos brasileiros, mas dificilmente conseguirá movimentar sozinho as finanças das arenas construídas para a Copa de 2014. A experiência francesa, que recebeu a Copa de 1998 e se prepara para sediar a Eurocopa de 2016, mostra que mesmo em cidades onde o esporte tem grande apelo ao público, é um desafio promover jogos em estádios sem clube residente ou garantir retorno do alto investimento apenas com a bilheteria dos jogos de um time. Tampouco há receita certa de fontes de renda alternativas, o que levanta dúvidas sobre a afirmação dos organizadores brasileiros da Copa de que em cidades sem espectadores para lotar arenas de 40 mil lugares seria suficiente realizar shows e eventos corporativos.
Na França, o Stade de France, construído para a Copa de 1998 com um investimento de 364 milhões de euros, recebe poucos jogos de futebol e se mantém com a bilheteria do rúgbi e de shows. Principal aposta do país para a Eurocopa de 2016, o Grand Stade de Lille Métropole, no norte da França, foi erguido para ser a maior sala de espetáculos da Europa, com truques de engenharia que fecham completamente a sua cobertura e deslocam o gramado para a instalação de um palco de teatro. Também é o estádio do Lille Olympique Sporting Club (Losc), time de futebol da cidade. Mesmo com a busca de rendas alternativas ao futebol, o governo francês tem optado por contratos de Parceria Público-Privadas (PPP), que garantem aportes públicos e compensação ao investidor em caso de prejuízo.
“A questão sobre a viabilidade econômica dos estádios exigidos para os grandes eventos esportivos é a mesma em todo o mundo, pois demandam muito dinheiro. Apenas com o tempo é que vamos ver se